A busca de uma solução para corrigir o mau alinhamento entre implantes e a consequente emergência desfavorável dos parafusos protéticos, tanto do ponto de vista estético, funcional e estrutural é antiga, cheia de dificuldades e soluções deficitárias: pilares angulados de várias naturezas e filosofias, chaves boleadas para aparafusamento angulado, carinhosamente denominados na odontologia de “sistemas dinâmicos”, além de outras técnicas mais complexas, são algumas que posso citar.

O uso de pilares angulados sempre me trouxeram dificuldades para a resolução dos desafios protéticos da rotina clinica: o grau de angulação pré-determinado pelos fabricantes, somado a limitação de vetores de orientação vinculado aos polígonos indexadores de cada implante e pilar limitavam consideravelmente meus recursos do ponto de vista estético , especialmente em casos de mucosa delgada, com exposição do bojo de angulação destes pilares arrasando a estética do caso e funcionais, quando poucos graus de correção  seriam suficientes para evitar uma emergência vestibular numa área estética, porem as angulações disponíveis em catalogo, invertiam de vestibular para lingual-palatino extremo meu desafio protético ; as fragilidades mecânicas inerentes aos projetos e usinagem destes pilares causaram inúmeros problemas de igual natureza, quando não mais graves, com fraturas e deformidades em decorrência das forças mastigatórias sobre o sistema, transmitida através dos parafusos protéticos. A substituição dos pilares fraturados nunca foi algo simples e com a nítida sensação de apenas iniciar novo ciclo até a recidiva do mesmo problema.

O uso do antigo e consagrado recurso da mecânica de chaves boleadas para o aparafusamento angulado de um corpo, que chamaremos de sistemas dinâmicos, precedeu aos pilares angulados. Porém, devido as dimensões de continente reduzidas do ambiente dentário, contrapondo as extremas forças mastigatórias aplicadas ao sistema, torna imprescindível o efetivo apertamento ou pré-carga dos parafusos protéticos para assegurar o mínimo de garantia a estabilidade das próteses; quando no uso das chaves dinâmicas, o profissional era (e é) assombrado frequentemente pelo pior dos pesadelos de um protesista: o espanamento do parafuso que aprisiona a prótese a qualquer momento do tratamento. Desta forma, tendo passado inúmeras vezes por este indesejado incidente, a opção de sistemas dinâmicos sempre era preterida na minha rotina, lançando mão de pilares angulados, a despeito das limitações citadas anteriormente.

Com o propósito de apagar este quase trauma que carrego, por várias experiencias desastrosas vividas  nestes longos anos de profissão, é que me dirigi a prancheta e me dediquei para aportar a nossa classe uma solução confiável e acessível, tão desejada no meu relato; estudo, experiencia, a consciência das melhorias necessárias  somados a ensaios de simulação virtual , ensaios mecânicos normatizados e pericia na usinagem de ultra precisão,  levaram ao produto que a LockFit lhes apresenta como inovação, o “sistema dinâmico LockFit” com hierarquia de fratura controlada, que propicia o aparafusamento angulado sem risco de espanamento do parafuso protético.

A segurança que esta inovação trás no conceito patenteado da “chave dinâmica pentagonal LockFit” abre um novo horizonte na rotina protética da classe odontológica: O preciosismo da emergência perfeita dos parafusos protéticos como rotina, não mais como uma exceção ou golpe de sorte ou tecido ósseo dos sonhos associado com o uso de uma guia cirúrgica precisa. Divido assim aquilo que sempre desejei como colega, com a segurança sempre sonhada.